Quando o seu esforço se torna uma ofensa

Cada vez mais percebo que estudar e se dedicar se tornou quase uma afronta para aqueles que não conseguem sequer terminar a leitura de um gibi.

É como se o simples ato de buscar conhecimento fosse um espelho incômodo que revela as próprias escolhas e omissões de quem prefere viver na inércia.

Suas conquistas, que poderiam inspirar, acabam soando como insultos para quem nunca tentou, quanto mais conquistou.

Vivemos tempos em que a mediocridade se tornou confortável e o esforço, suspeito. Quem acorda mais cedo para estudar ou passa noites em claro aprendendo algo novo é visto como “arrogante” ou “metido”.

Muitos se contentam em viver do mínimo e, ao se depararem com alguém que busca mais, sentem-se provocados. Não porque você tenha feito algo contra eles, mas porque seu crescimento expõe a estagnação que escolheram.

Não é fácil seguir nesse caminho. Dedicação exige renúncia, disciplina e a coragem de enfrentar críticas e solidão. Exige também a capacidade de lidar com olhares de desdém e comentários irônicos.

Mas é nesse desafio que se encontra o valor real do conhecimento. Estudar não é apenas acumular informações, é ampliar horizontes, fortalecer a mente e ganhar independência.

Quem aprende, pensa. Quem pensa, questiona. E quem questiona não é facilmente manipulado. Talvez por isso o esforço assuste tanto: ele liberta. E a liberdade incomoda quem prefere viver sob a sombra da ignorância.

Por isso, se suas conquistas despertarem incômodo, siga firme. Não se trata de provocar, mas de continuar crescendo apesar das pedras no caminho.

Porque, no fim, o verdadeiro insulto não está em estudar e se dedicar, mas em desperdiçar a vida sem sequer tentar.

 

Autor

  • Sobre o autor

    Léo Vilhena é fundador da Rede GNI e atua há mais de 25 anos como jornalista e repórter, com passagens por veículos como Jornal Unidade Cristã, Revista Magazine, Rede CBC, Rede Brasil e Rede CBN/MS. Recebeu o Prêmio de Jornalista Independente, em 2017, pela reportagem “Samu – Uma Família de Socorristas”, concedido pela União Brasileira de Profissionais de Imprensa. Também foi homenageado com Moções de Aplausos pelas Câmaras Municipais de Porto Murtinho, Curitiba e Campo Grande.

    Foi o primeiro fotojornalista a registrar, na madrugada de 5 de novembro de 2008, a descoberta do corpo da menina Raquel Genofre, encontrado na Rodoferroviária de Curitiba — um caso que marcou a crônica policial brasileira.

    Em 2018, cobriu o Congresso Nacional.

    Pai de sete filhos e avô de três netas, aos 54 anos continua atuando como Editor-Chefe da Rede GNI e colunista do Direto ao Ponto, onde assina artigos de opinião com olhar crítico, humano e comprometido com a verdade.


    "Os comentários constituem reflexões analíticas, sem objetivo de questionar as instituições democráticas. Fundamentam-se no direito à liberdade de expressão, assegurado pela Constituição Federal. A liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal brasileira, em seu artigo 5º, inciso IV, que afirma que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"


    NOTA | Para ficar bem claro: utilizo a Inteligência Artificial em todos os meus textos apenas para corrigir eventuais erros de gramática, ortografia e pontuação.

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