O poder da palavra e o peso da ofensa

Manifestar uma opinião ainda é um direito livre no Brasil. E eu oro para continuar sendo. Afinal, opinar é o sopro da liberdade, e quando nos calamos por medo, deixamos de existir como cidadãos.

Agradeço de coração a cada um dos mais de mil leitores que, em média, acompanham meus artigos diariamente. É uma honra e também um compromisso com todos vocês manter o diálogo Direto ao Ponto. Contudo, deixo claro que não dou importância a opiniões que não solicitei.

Isso é grosseria? Não. É franqueza. E logo você vai entender.

Já falei sobre isso antes, e paguei o preço. Fui duramente ofendido, atacado, insultado com palavras que nem merecem ecoar aqui. Pessoas que sequer me conheciam se sentiram no direito de me reduzir a palavrões. É exatamente disso que estou falando.

A verdade é que não me abalo com esses xingamentos. Vim falar sobre ofensas e xingamentos. Pense comigo: que inteligência existe em insultar uma autoridade, esteja ela certa ou errada, sabendo que ela tem o poder de prejudicar você? Lógico que não faço nenhuma referência a mim mesmo. Falo daqueles que têm a caneta nas mãos.

Isso é ingenuidade ou pura tolice. Burrice? Marcarão um X em sua testa e irão te perseguir. Simples assim.

Não estou me referindo a ninguém em especial. Tornarei a dizer, não estou me referindo a ninguém em especial, nem lá e nem cá. 

Falo de um princípio. Acredito que podemos e devemos confrontar o que está errado, questionar quem está no poder e rebater narrativas que não refletem a verdade. Mas tudo com respeito. Eu leio, discordo, argumento. Nunca insulto. Isso não me faz mais fraco, me faz mais forte. A ofensa do outro não insulta o meu caráter. Gostaram? É a verdade: A ofensa do outro não insulta o meu caráter.

Não é religião, não é moralismo barato. É postura. É uma decisão.

É a consciência de que a guerra não resolve conflitos e a ofensa não constrói pontes. Palavras podem ser armas, mas o respeito é sempre mais afiado do que qualquer insulto.

Repito: podemos e devemos confrontar ideias falsas, mas para que gritar? Para que ofender? O que realmente se conquista assim? No final, quem ofende, sempre perde a razão.

De que lado você quer estar?
No campo do grito ou no da razão?
Na construção ou na destruição?
Na história como alguém que fez a diferença ou como mais uma voz perdida no caos?

Repetirei: Para que gritar? Para que ofender? O que realmente se conquista assim?

No final, quem ofende, sempre perde a razão.


 

Autor

  • Sobre o autor

    Léo Vilhena é fundador da Rede GNI e atua há mais de 25 anos como jornalista e repórter, com passagens por veículos como Jornal Unidade Cristã, Revista Magazine, Rede CBC, Rede Brasil e Rede CBN/MS. Recebeu o Prêmio de Jornalista Independente, em 2017, pela reportagem “Samu – Uma Família de Socorristas”, concedido pela União Brasileira de Profissionais de Imprensa. Também foi homenageado com Moções de Aplausos pelas Câmaras Municipais de Porto Murtinho, Curitiba e Campo Grande.

    Foi o primeiro fotojornalista a registrar, na madrugada de 5 de novembro de 2008, a descoberta do corpo da menina Raquel Genofre, encontrado na Rodoferroviária de Curitiba — um caso que marcou a crônica policial brasileira.

    Em 2018, cobriu o Congresso Nacional.

    Pai de sete filhos e avô de três netas, aos 54 anos continua atuando como Editor-Chefe da Rede GNI e colunista do Direto ao Ponto, onde assina artigos de opinião com olhar crítico, humano e comprometido com a verdade.


    "Os comentários constituem reflexões analíticas, sem objetivo de questionar as instituições democráticas. Fundamentam-se no direito à liberdade de expressão, assegurado pela Constituição Federal. A liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal brasileira, em seu artigo 5º, inciso IV, que afirma que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"


    NOTA | Para ficar bem claro: utilizo a Inteligência Artificial em todos os meus textos apenas para corrigir eventuais erros de gramática, ortografia e pontuação.

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