O caso de Filipe Martins é um retrato preocupante de como a perseguição, o ativismo do judiciário, a desinformação e o uso político de investigações podem distorcer a realidade e destruir reputações. Desde o início, sua defesa provou que ele jamais deixou o Brasil na data apontada pelas autoridades, e os fatos acabaram por confirmar isso. O próprio órgão americano de controle de fronteiras, o U.S. Customs and Border Protection, reconheceu que não há registro de sua entrada nos Estados Unidos, provando que a base da acusação era falsa.
Não foi um erro, como vem sendo divulgado nos últimos dias, pelo jornalista Paulo Figueiredo. Aconteceu, de fato, uma fraude, e o governo americano está investigando de onde surgiu essa manipulação de informações.
A comprovação de que Filipe Martins nunca entrou nos Estados Unidos desmonta toda a narrativa construída contra ele. O registro utilizado para justificar sua prisão preventiva era falso, e agora o próprio governo americano busca identificar os responsáveis por essa fraude. Martins foi injustamente acusado e teve sua liberdade violada com base em informações adulteradas. Sua inocência está cada vez mais evidente, e este episódio expõe a fragilidade de um sistema que permitiu tamanha distorção. A verdade, finalmente, começa a prevalecer sobre a mentira, e a justiça americana, mesmo tardia, segue seu curso.
Martins foi vítima de uma fraude gravíssima, ou de algo ainda mais preocupante: o uso indevido de informações manipuladas para justificar medidas extremas.
A verdade, agora restabelecida, mostra que ele foi punido injustamente por um crime que não cometeu. Nenhuma democracia pode sobreviver quando a verdade é ignorada em favor de narrativas ideológicas.
Nos Estados Unidos, o crime de fraude é considerado extremamente grave, especialmente quando envolve documentos oficiais, sistemas do governo ou dados de imigração, como nos registros da U.S. Customs and Border Protection. A pena pode chegar a cinco anos de prisão, sem direito à condicional, além de multa de até 250 mil dólares por ocorrência. Quando a fraude é cometida por um estrangeiro, há expulsão imediata do país e revogação permanente do visto americano, impedindo qualquer futura solicitação de entrada nos Estados Unidos. Trata-se de um dos crimes mais severamente punidos pelo sistema judicial norte-americano.
A inocência de Filipe Martins não é apenas um fato jurídico, mas um lembrete moral de que a justiça deve ser guiada por provas e não por paixões políticas. O tempo, como sempre, revelou o que muitos preferiram esconder: a verdade não teme investigação, apenas a mentira teme a luz.
Vamos aos fatos:
30/12/2022 – Investigadores brasileiros alegaram que Martins teria viajado aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, interpretando a suposta viagem como uma tentativa de fuga do país.
08/02/2024 – Filipe Martins foi preso em 8 de fevereiro de 2024, por ordem do ministro Alexandre de Moraes (STF), durante a operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal para investigar uma suposta tentativa de golpe de Estado ligada ao entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sem data comprovada – A informação sobre a viagem de Martins foi supostamente obtida pela Polícia Federal brasileira através do site “Travel History”, do órgão americano U.S. Customs and Border Protection (CBP). Esse sistema é destinado apenas a uso pessoal, isto é, cidadãos podem consultar seu próprio histórico de viagens, mas autoridades estrangeiras não podem acessá-lo para investigações oficiais. O uso do sistema pela PF, portanto, violou os termos de uso do CBP e os protocolos diplomáticos.
Sem data comprovada – Em abril de 2024, a defesa de Martins solicitou ao CBP o documento oficial de entrada nos EUA (formulário I-94). O órgão respondeu que não havia registro algum de entrada. Em maio de 2024, surgiu um documento “novo”, com sinais de falsificação, o que levantou suspeitas de manipulação fraudulenta dentro do sistema americano. O CBP abriu uma investigação interna nos EUA para apurar a inclusão de informações falsas no registro migratório.
Sem data comprovada – Posteriormente, os dados de Filipe Martins foram inseridos no sistema da CBP com a grafia incorreta de seu nome e com o número de um passaporte que já estava anulado, devido a uma queixa de perda registrada anteriormente à data que consta no sistema.
08/08/2024 – Filipe Martins recebeu autorização para cumprir prisão domiciliar em 8 de agosto de 2024, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, revogou sua prisão preventiva e determinou a sua liberdade provisória com medidas cautelares restritivas. Na prática, continua preso.
10/10/2025 – Em 10 de outubro de 2025, o CBP divulgou nota oficial, em nome do governo americano, afirmando que: Filipe Martins não entrou nos EUA em 30 de dezembro de 2022. A informação usada por Alexandre de Moraes era errônea e possivelmente fraudulenta. O CBP ainda condenou o uso político e jurídico de dados falsos e disse que investigaria a origem da adulteração. O comunicado também mencionou que Alexandre de Moraes está envolvido nesse caso, informação que vem sendo ocultada pela ‘grande’ imprensa brasileira.
19/10/2025 – O famoso jornal The Wall Street Journal divulgou uma matéria confirmando que houve fraude no sistema da CBP. A reportagem foi assinada pela prestigiada jornalista Mary Anastasia O’Grady, conhecida por sua credibilidade e rigor investigativo em temas de política internacional e segurança de fronteiras.
A jornalista da Revista Oeste, Ana Paula Henkel, vem divulgando importantes e comprovadas evidências dessa fraude, trazendo à luz detalhes que reforçam a inocência de Filipe Martins e questionam a confiabilidade do registro inicial no sistema da CBP.
Léo Vilhena | Jornalista
