José Roberto Dias Guzzo

A manhã chegou com um frio diferente. Não era apenas o vento que cortava o rosto ou o céu nublado que denunciava a tristeza do dia. Era um silêncio denso, profundo, como se o próprio Brasil tivesse perdido a voz. A notícia caiu como um raio no peito de todos que, com olhos atentos e coração patriota, acompanhavam a lucidez firme de J.R. Guzzo. Morreu um dos últimos gigantes do jornalismo brasileiro, um daqueles que falavam com a coragem de um leão e a serenidade de um sábio. Um homem que não vendia sua caneta, nem alugava suas convicções.

J.R. Guzzo não era apenas um colunista. Era uma bússola moral. Sua escrita carregava não só fatos, mas alma. Em cada linha, havia uma entrega, um compromisso com a verdade, uma rejeição completa às conveniências do sistema. Guzzo sabia que o jornalismo de verdade não nasce para agradar o poder, mas para questioná-lo com integridade. Ele era um cronista do Brasil real, do povo de verdade, da nação esquecida pelos salões iluminados da elite progressista que, há muito, abandonou qualquer vestígio de bom senso.

Seu falecimento é mais do que a perda de uma vida. É o apagar de uma tocha que iluminava a escuridão da manipulação ideológica, da imprensa covarde e do politicamente correto que tornou o jornalismo uma caricatura de si mesmo. Guzzo escrevia com o sangue de quem acreditava. E esse tipo de sangue está cada vez mais raro.

Neste instante, cabe a cada um de nós o dever de refletir. O que estamos fazendo com o legado dos que se foram? A morte de J.R. Guzzo não deve ser apenas lamentada. Deve ser compreendida como um chamado à responsabilidade. Seu exemplo clama por continuidade. Ele vive agora não apenas na memória dos que o admiraram, mas no compromisso daqueles que ainda têm coragem de falar sem medo.

A direita brasileira perde uma de suas vozes mais coerentes, lúcidas e fiéis à verdade. Em tempos em que a censura se esconde sob o manto da proteção institucional, Guzzo insistia na liberdade como valor inegociável. Em um país onde a mentira se tornou política de Estado, ele erguia a verdade como estandarte. E fazia isso sem gritar, sem histeria, mas com a elegância de quem sabe que a palavra precisa ser afiada como espada, mas justa como a balança da justiça.

É impossível não se comover ao pensar em tudo que ele nos ensinou. Em cada artigo, Guzzo oferecia uma aula de honestidade intelectual. Não prometia salvação, mas oferecia reflexão. Não fazia parte de manobras partidárias, mas de uma missão maior: fazer com que o povo brasileiro pensasse por conta própria. Seu estilo era direto, firme, elegante e absolutamente comprometido com os princípios conservadores. Acreditava na família, na liberdade, na verdade, na propriedade privada e no valor de uma pátria soberana.

Lutava com palavras contra a mediocridade que tomou conta das redações e das salas de aula. Denunciava o teatro encenado por ministros togados que se acreditam deuses, alertava sobre a ascensão de uma ditadura moderna feita de likes e algoritmos, onde a opinião divergente é rotulada como ameaça e a verdade é tratada como crime. E fazia tudo isso com a calma de quem sabe que o tempo é juiz infalível.

Perder J.R. Guzzo é perder um pedaço da consciência nacional. E esse vazio não pode ser preenchido com aplausos vazios ou homenagens protocolares. Seu nome deve ecoar como símbolo de resistência intelectual, como exemplo de dignidade profissional, como farol para os que ainda acreditam que a verdade não morre com os homens, mas renasce nos atos dos que permanecem.

Sua vida foi um testemunho. Seu silêncio agora é um clamor. Quem assumirá a pena que ele deixou? Quem manterá acesa a chama da lucidez em um país que se acostumou com a mentira institucionalizada?

Que cada jovem jornalista conservador que um dia foi tocado por suas palavras, agora assuma esse legado. Que cada cidadão patriota, ao ouvir calúnias sendo transformadas em verdades por uma imprensa militante, lembre-se de Guzzo e não se cale. Porque o silêncio, neste momento, é cumplicidade.

A vida é breve. E quando os grandes partem, é como se o mundo ficasse menor. Mas o que define os grandes não é a quantidade de dias vividos, mas a profundidade com que viveram cada um deles. Guzzo viveu intensamente. Viveu com propósito. Viveu como poucos se atrevem: com coragem moral.

Seu nome está escrito na história. Não com tinta, mas com fibra. Não em manchetes, mas no coração de todos os que ainda ousam acreditar em um Brasil livre, soberano, justo e forte. A morte não apaga o legado de quem viveu por um ideal. Ao contrário, eterniza.

E é neste momento, entre lágrimas e orgulho, que nos curvamos. Não diante da dor, mas diante da grandeza. J.R. Guzzo, obrigado por ter sido a voz que muitos não tinham. Obrigado por nos ensinar que escrever é lutar, pensar é resistir, e amar o Brasil é mais do que um dever, é uma missão sagrada.

Hoje, a pátria chora. Mas amanhã, ela deve se levantar. Porque homens como Guzzo não morreram em vão. Eles apenas passaram a morar no coração da eternidade. Que a sua memória seja bênção e a sua ausência, inspiração.

Descansa em paz, mestre. Sua caneta agora está nas mãos do tempo, e seu legado, nas mãos de todos nós.

Léo Vilhena | Jornalista
Meus sentimentos à toda família Oeste

 

Autor

  • Sobre o autor

    Léo Vilhena é fundador da Rede GNI e atua há mais de 25 anos como jornalista e repórter, com passagens por veículos como Jornal Unidade Cristã, Revista Magazine, Rede CBC, Rede Brasil e Rede CBN/MS. Recebeu o Prêmio de Jornalista Independente, em 2017, pela reportagem “Samu – Uma Família de Socorristas”, concedido pela União Brasileira de Profissionais de Imprensa. Também foi homenageado com Moções de Aplausos pelas Câmaras Municipais de Porto Murtinho, Curitiba e Campo Grande.

    Foi o primeiro fotojornalista a registrar, na madrugada de 5 de novembro de 2008, a descoberta do corpo da menina Raquel Genofre, encontrado na Rodoferroviária de Curitiba — um caso que marcou a crônica policial brasileira.

    Em 2018, cobriu o Congresso Nacional.

    Pai de sete filhos e avô de três netas, aos 54 anos continua atuando como Editor-Chefe da Rede GNI e colunista do Direto ao Ponto, onde assina artigos de opinião com olhar crítico, humano e comprometido com a verdade.


    "Os comentários constituem reflexões analíticas, sem objetivo de questionar as instituições democráticas. Fundamentam-se no direito à liberdade de expressão, assegurado pela Constituição Federal. A liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal brasileira, em seu artigo 5º, inciso IV, que afirma que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"


    NOTA | Para ficar bem claro: utilizo a Inteligência Artificial em todos os meus textos apenas para corrigir eventuais erros de gramática, ortografia e pontuação.

error: Content is protected !!
Rolar para cima