Este texto não tem o objetivo de acusar, apontar dedos ou questionar a minha, ou a sua fé. Ele nasceu de um coração inquieto, movido por um desejo sincero de levantar questionamentos que possam afinar e fortalecer a nossa caminhada espiritual. Quero que estas palavras sejam como um espelho, não para condenar, mas para nos fazer olhar com sinceridade para dentro de nós mesmos.
Estamos entendidos?
Muitos de nós, e quando digo muitos, falo de uma multidão, gritam ou posam de santos incorruptíveis nas redes sociais. Às vezes, e apenas às vezes, observo essas posturas e penso comigo: “Caramba, quem sou eu diante de um santo desses?”. Há pessoas que parecem, ou fingem, ser quase uma extensão divina, como se ocupassem um lugar reservado apenas a Deus. A quarta pessoa da trindade.
E então surgem em meu coração algumas perguntas: Somos crentes de verdade? Amamos o Senhor acima de todas as coisas, mais do que a vida, a família, o dinheiro, o carro, os filhos ou qualquer bem material? Amamos o próximo, mesmo que ele carregue defeitos e imperfeições? Somos tolerantes com os mais fracos? Praticamos a bondade sem esperar recompensas ou barganhas com Deus e com os homens?
Nosso coração está limpo de verdade? Ou já nos deixamos vencer pela ganância, pela arrogância ou pela síndrome de Lúcifer, que nos faz acreditar que somos mais do que realmente somos? Nossos gestos e palavras espalham amor? Vivemos para o Senhor e falamos de Sua graça com sinceridade?
Talvez a maior prova de fé não esteja no que publicamos ou proclamamos, mas no que fazemos quando ninguém está olhando. A essência do Evangelho é o amor que se doa, a humildade que reconhece suas falhas e a coragem de se levantar todos os dias decidido a ser melhor. Porque, no fim, não será a aparência que falará por nós, mas sim as marcas que deixamos no coração dos outros.
É só para você pensar… até uma próxima.