Para início de conversa, que fique claro de uma vez por todas: não me considero melhor do que ninguém, não me coloco acima de ninguém e jamais pretendi navegar pelo mar escuro da arrogância, fingindo ser algo que não sou.
A humildade é ponto de partida para qualquer reflexão honesta. Meu propósito ao escrever estas linhas é simples e transparente, como deve ser toda intenção nobre: TENTAR, com letras maiúsculas mesmo, colaborar com aqueles que amam escrever, que têm coragem de pensar por conta própria e desejam compartilhar suas ideias num mundo cada vez mais sufocado por narrativas artificiais e pensamentos impostos.
Não tenho todas as respostas, mas trago décadas de experiência escrevendo, desde os distantes anos de 1989 ou 1990, quando o Brasil ainda conservava laços mais fortes com a verdade, com a fé e com os valores que moldaram nossa identidade nacional.
Não sou mestre de ninguém, apenas um servo da palavra e da liberdade de expressão, que observa com preocupação a mediocridade ideológica que tenta colonizar corações e mentes.
Escrever é mais do que juntar palavras, é erguer trincheiras contra a manipulação cultural e defender a alma de uma nação que ainda pulsa, apesar dos ataques constantes que sofre. Por isso, incentivo cada leitor a não se calar, a pensar, a sentir e a escrever com responsabilidade.
Que cada frase seja uma semente da verdade, e que a colheita futura seja feita por aqueles que ainda amam esta terra. A sabedoria não mora na vaidade dos títulos, mas na coragem de permanecer íntegro em meio ao caos.
Diante da avalanche de desinformação que assola nosso povo, é preciso lembrar que o verdadeiro escritor não se curva às exigências de uma elite intelectual que despreza o sentimento popular. Ao contrário, ele caminha lado a lado com os que ainda valorizam a honestidade, a família, a fé e o respeito às raízes desta pátria sofrida, mas resiliente.
Não se escreve apenas com palavras, escreve-se com alma, com cicatrizes, com a memória de um Brasil que ousava ser simples, mas decente.
A arte de escrever exige firmeza moral, pois a caneta que foge da verdade se torna cúmplice da mentira.
Quando a caneta se cala, os tiranos falam alto. Quando a consciência se vende, a liberdade se despede em silêncio.
Escrever com dignidade é construir muralhas contra o esquecimento e pontes para a reconstrução do que foi corrompido. Não se trata de vaidade, mas de missão. Se o leitor encontrar nestas palavras algum eco da sua própria angústia, que saiba: não está sozinho. Muitos ainda resistem, mesmo que calados, mesmo que invisíveis para os grandes meios de comunicação.
Não desistimos porque amamos esta terra e seus símbolos. Escrevemos porque acreditamos que ainda é possível despertar os adormecidos e relembrar aos jovens que patriotismo não é discurso velho, é chama que aquece a alma nacional.
O pensamento livre não se vende ao sabor das ideologias da moda. Ele permanece de pé, ainda que o mundo inteiro se ajoelhe diante da mentira. A verdade pode ser silenciosa, mas jamais será fraca.
Vivemos numa era em que o covarde é chamado de sensato, o incoerente é celebrado como plural e o submisso é aclamado como diplomático. Os novos heróis são os que não dizem nada, não arriscam nada e não acreditam em nada, exceto na própria reputação virtual.
A virtude foi terceirizada para hashtags e a consciência moral foi substituída por algoritmos. Afinal, quem precisa de verdade quando se tem likes? Quem precisa de honra quando se tem um cargo comissionado? Ironias à parte, é nesse cenário de inversões e aplausos fáceis que a nação vai escorregando para a irrelevância histórica, como se o Brasil fosse apenas um território a ser gerenciado e não uma pátria a ser amada e defendida.
A coragem de falar o óbvio, hoje, virou transgressão. E o silêncio dos justos já grita mais alto que os discursos dos impostores.
Dizer o que é certo virou afronta. Defender a família virou discurso radical. Amar o Brasil virou sinal de atraso.
Até quando aceitaremos essa comédia ideológica travestida de progresso? Até quando assistiremos passivos à destruição da memória, da fé e da verdade? A escrita se transforma então num último bastião de lucidez. Cada palavra que resgata o senso comum é um golpe contra o cinismo intelectual que tenta nos domesticar. Só os tolos confundem neutralidade com virtude. E só os covardes chamam prudência o que, na verdade, é omissão. Quem não sabe o que defende, será sempre manipulado por quem sabe o que destrói. A lucidez é filha da coragem e inimiga da conveniência.
Mas ainda há quem resista. Ainda existem brasileiros que não aceitam trocar seus valores por narrativas baratas, nem seu amor à pátria por discursos globais que desprezam a soberania e zombam da fé.
Esses não aparecem em capas de revistas, não são trending topic e nem frequentam os salões dos iluminados. Mas são eles que sustentam o país real, com trabalho, oração, princípios, valores e memórias. O Brasil não precisa de novos donos da verdade, precisa reencontrar sua verdade esquecida.
Quando a mentira se organiza e a verdade se cala, a tirania avança. Quem não reage contra o mal, consente com a tirania. E quem não planta raízes profundas, será sempre levado pelos ventos do oportunismo.
O futuro pertence aos que têm coragem de se levantar mesmo quando é mais confortável se calar. O tempo julgará não apenas o que fizemos, mas o que deixamos de fazer por covardia. No fim das contas, a pergunta que ecoa é simples e devastadora: de que lado da história você estará quando o silêncio se tornar cumplicidade?
Agora preste muita atenção, tudo o que expus até aqui tem um único propósito: oferecer a você uma visão mais clara da estrutura que adotei ao longo dos anos para construir meus textos. Não há truques nem atalhos.
O que há é disciplina, leitura constante, domínio da língua portuguesa e, acima de tudo, uma profunda conexão com o tema tratado.
Escrever não é apenas juntar palavras. É compreender o tempo em que se vive, mergulhar nas raízes culturais do seu povo e se posicionar com responsabilidade diante da verdade. Você só passa a dominar um assunto quando se dedica com seriedade, estudando, cruzando fontes, ouvindo várias vozes e, principalmente, formando sua própria convicção. Não é uma tarefa fácil, mas garanto a você: vale a pena cada segundo.
A partir deste ponto, contrariando o conselho dos que dizem para nunca revelar sua ‘arma’, vou te dizer como organizo meus textos.
Sigo um roteiro pessoal, que serve como bússola em meio ao caos das ideias. Primeiro, escreva um título forte, provocante, que questione ou desperte curiosidade, sempre com honestidade. Em seguida, um parágrafo inicial que cause impacto, muitas vezes com uma pergunta ou exemplo desconcertante, finalizando com uma frase filosófica que convide à reflexão. Depois, o uso de analogias, metáforas e exemplos reais que façam o leitor visualizar a mensagem. Em seguida, construo frases fortes, às vezes irônicas, que despertem a consciência adormecida. Por fim, concluo com uma frase de efeito ou uma pergunta inquietante, daquelas que permanecem ressoando muito tempo depois da leitura.
Um texto bem construído não termina com um ponto final, mas com uma faísca acesa na mente do leitor. O pensamento que não provoca mudança é apenas ruído.
Espero, com sinceridade e humildade, ter contribuído com todos aqueles que amam ler, pensar e escrever com propósito. Que cada palavra aqui lida tenha servido de combustível para a alma e de inspiração para a mente.
Escrever não é apenas um exercício intelectual, é também um ato de resistência num tempo em que o silêncio dos bons tem custado caro à verdade.
Que ninguém se deixe intimidar pela patrulha ideológica nem pelo cinismo travestido de modernidade. A palavra escrita ainda é uma das armas mais poderosas contra a mentira institucionalizada.
Sigamos firmes, sem jamais abrir mão da fé, da família e do amor pela nossa pátria. Que cada leitor descubra em si a coragem de defender o que é certo, mesmo quando o certo parecer fora de moda. A verdade não precisa ser gritada, basta ser mantida. E a liberdade, quando escrita com consciência, ecoa mais forte do que qualquer discurso vazio. A lucidez é a luz que só acende quando se fecha a cortina da ilusão.
Léo Vilhena | Jornalista